João 4:5-7 (NVI)
5Assim, chegou a uma cidade de Samaria, chamada Sicar, perto das terras que Jacó dera a seu filho José. 6Havia ali o poço de Jacó. Jesus, cansado da viagem, sentou-se à beira do poço. Isto se deu por volta do meio-dia. 7Nisso veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: “Dê-me um pouco de água”.
Parte importante da história do povo judeu aconteceu naquele lugar. Palco da ação divina na vida de homens como José e Jacó, ali Deus mostrou seu poder e direcionou caprichosamente toda história para a vinda do Messias. E Ele estava ali.
O Senhor da história, sentado à beira do poço de Jacó.
Por mais que tal cenário remeta à sacralidade e reverência, o encontro com a chamada mulher samaritana é muito normal, comum e até simples. Cansado da viagem, Jesus pede a ela um pouco de água. Nada demais. Nenhum glamour. Nenhuma manifestação diferente. Nada de glória ou teofania, “somente” O Cristo no chão da vida, conversando, vivendo e convivendo com uma samaritana.
Mas é justamente nisto que está a sacralidade da situação. Jesus, o verbo que se fez carne, vindo até nós no dia comum quando às vezes, sem saber, O esperamos em meio às nossas dores, dúvidas e frustrações. Como foi naquele dia, com aquela mulher.
Jacó e José ali tinham experimentado o poder do Deus de Israel. Mas, pela impossibilidade humana de conhecê-lo como é, nunca O viram com sua glória e majestade. Mas Jesus inaugura o tempo da pessoalidade na relação entre Deus e o homem, que continua e se intensifica após sua morte, ressurreição e ascensão, quando o Espírito Santo é derramado e vem fazer dos homens Sua casa.
Não há sacralidade maior do que joelhos dobrados no chão procurando pelo Cristo.
Não há ambiente mais reverente do que aquele onde Jesus é priorizado e convidado a reinar. Não há templo maior do que a alma contrita e arrependida.
O ambiente divino agora é coração do homem.
Hamilton Gomes
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