Me ame! Me ame! Me ame!

João 4:50-53

Jesus respondeu: “Pode ir. O seu filho continuará vivo”. O homem confiou na palavra de Jesus e partiu. Estando ele ainda a caminho, seus servos vieram ao seu encontro com notícias de que o menino estava vivo. Quando perguntou a que horas o seu filho tinha melhorado, eles lhe disseram: “A febre o deixou ontem, à uma hora da tarde”. Então o pai constatou que aquela fora exatamente a hora em que Jesus lhe dissera: “O seu filho continuará vivo”. Assim, creram ele e todos os de sua casa. Esse foi o segundo sinal milagroso que Jesus realizou depois que veio da Judeia para a Galileia.

É maravilhoso perceber a simplicidade poderosa desse evento. Jesus, o logos, fala algo que traz o que não existe à existência. É inevitável não nos lembrarmos de Gênesis 1:1, onde o termo hebraico ברא bara’, traduzido por “criou” não consegue apresentar a completude do texto original que expressa a capacidade divina, e unicamente divina, de se trazer a existência aquilo que não existe.

Imagine-se entre os discípulos dentro de um pequeno barco, em algum lugar do lago de Genesaré, tarde da noite e diante de um super tempestade. Ali com eles, Jesus dormia tranquilamente até ser acordado com o desespero estampado no rosto daqueles homens que dizem: (…) “Mestre, não te importas que morramos?” Marcos 4.38 (NVI) Sim, Ele se importa com eles. Se levanta e diz: (…) “Aquiete-se! Acalme-se!” Marcos 4.39 (NVI) O vento se aquietou, e fez-se completa bonança. Assustados e se lembrando do poder de YHWH descrito nas narrativas que tão bem conheciam, os discípulos perguntam entre si: “Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?” Marcos 4.41 (NVI)

A criação reconhece seu comando, o respeita e rapidamente obedecendo seus comandos, até mesmo a força incontrolável do mar, se acalma diante de sua voz.

Você pode se lembrar da história do leproso que se aproxima de Jesus e diz que se Ele quisesse, poderia purificá-lo. E Jesus responde: (…) “Quero. Seja purificado!” Imediatamente ele foi purificado da lepra. Mateus 8.3 (NVI)

Uma das doenças mais temidas na época, por seu avançado grau de contágio e pelas consequências sociais e desumanas que recaíam sobre aqueles que fossem contaminados, diante da fala do Filho de Deus, desiste de ocupar o corpo daquele pobre homem. Por um simples falar, a ordem volta ao seu lugar.

Pense ainda em Jesus curando o servo de um centurião romano dizendo: “Vá! Como você creu, assim lhe acontecerá!” Na mesma hora o seu servo foi curado. Mateus 8.13 (NVI). Não há limite de distância para que sua palavra surta efeito. Próximos ou distantes são alcançados por aquilo que Ele diz. Sua palavra rompe as barreiras do natural, do comum, do tempo e do espaço.

Não vamos parar por aí. Entre junto com Jesus no Tanque de Betesda e se lembre do seu diálogo com aquele homem paralítico que estava ali há 38 anos que ouve as palavras de Jesus dizendo: “Levante-se! Pegue a sua maca e ande”.  Imediatamente o homem ficou curado, pegou a maca e começou a andar. João 5.8–9 (NVI) O poder de Jesus não se limita por situações estabelecidas há pouco ou há muito tempo. Diagnósticos fechados podem ser mudados em um piscar de olhos. Estruturas estabelecidas podem ser alteradas imediatamente, mesmo se tratando de assuntos concluídos, definidos ou intransponíveis, Para Jesus não há novo ou velho problema, quando Ele diz, para mudar, tudo, efetivamente TUDO muda, até a morte.

Pense na cena que envolve a ressurreição de Lázaro, descrita em João 11. Jesus, diante de um cadáver de quatro dias, diz o que ninguém, em sã consciência, diria:

Temos ainda o encontro de Jesus, nas portas da cidade de Naim, com uma viúva indo enterrar único filho. Diante da tragédia que se apresenta, Jesus se compadece, diz para mulher não chorar. Se aproxima do caixão e diz ao cadáver:

“Jovem, eu lhe digo, levante-se!” Lucas 7.14–15 (NVI) e não demorou muito para o jovem estar conversando com Jesus e sendo entregue a mãe.

Não podemos esquecer que seu poder subjuga todo tipo de poder das trevas, como Mateus registra. “Ao anoitecer, trouxeram a Jesus muitos endemoninhados, e ele expulsou os espíritos com uma palavra e curou todos os doentes.” Mateus 8:16 (NVI)

Poder esse que faz que os anjos o sirvam, conforme Mateus 4:11 (NVI): “Então o Diabo o deixou, e anjos vieram e o serviram.”

Paulo, poeticamente no diz que Seu poder é infinito.

Filipenses 2.9–11 (NVI) Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.

Em Mateus 28:18, Jesus declara seu domínio sobre os céus e a terra, (…) “Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra.

Perceba que a toda a criação o obedece, os demônios o obedecem, as doenças respeitam sua palavra, e mais, até a morte, o mais poderoso dos inimigos se curva a sua vontade.

Enfim, diante de seu poder infinito, deveríamos ver todos os homens e mulheres ao adquirirem consciência de existência se dobrando a Esse, Senhor dos céus e da terra. É só Ele mandar, que deveríamos obedecer.

Uma palavra sua deveria gerar conversão de corações como nunca imaginamos. Poderosos se ajoelhando, ondas de arrependimento e Metanóia acontecendo nos sete cantos do mundo conhecido. Uma ordem só seria o suficiente.

No filme “O todo poderoso” Jim Carrey, um homem que experimenta por um tempo ser Deus, tenta convencer sua namorada a amá-lo. A cena é interessante, pois o contrariado homem, fazendo gestos do tipo “estou emitindo uma onda de poder” diz: ME AME. ME AME. ME AME. Enquanto a garota só pergunta se ele está louco e nada acontece.

Jesus não faz esse tipo de coisa. Ele nunca usou seu poder absoluto para exercer domínio sobre os homens. Jesus não é o líder que explora, pois sua liderança é servil. Jesus não é aquele que ocupa espaço em corações amedrontados. Jesus não violenta, não impõe, não subjuga, não ordena, não mostra força para obter admiração. Jesus não me quer por imposição, mas me quer por amor!

É assim que Ele é e mostrou ser diante de gente que até o procurou, mas diante da possibilidade de escolher, preferiu não. É só se lembrar do chamado jovem rico que prefere suas riquezas a Jesus, que diz o texto: (…) fitando-o, o amou e disse: (…) vem e segue-me. Marcos 10.21 (ARA). Você e eu sabemos o que aquele homem fez.

Em amor, Jesus não imputa obrigatoriedade ao homem, mas amor. Bastando uma ordem para que todos estejam de joelhos aos seus pés, Ele escolhe o amor e a entrega.  Ele ama primeiro depois nos diz para percebermos seu amor e o amarmos.

Deus escolheu amar!

E nós? O que escolhemos?

Hamilton Gomes

category:

BÍBLIA,COTIDIANO

Tags:

2 Responses

Deixe uma resposta

Latest Comments

  1. Obrigado por essa reflexão só me faz estar mais disposta a obedecer e amar o Senhor Jesus.

  2. Oi Amiga Damaris. O privilégio sempre é meu. Obrigado por sua doação e entrega àqueles que precisam falar e agora…