João 1:40-51 (NVI)

40André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que tinham ouvido o que João dissera e que haviam seguido a Jesus.41O primeiro que ele encontrou foi Simão, seu irmão, e lhe disse: “Achamos o Messias” ( isto é, o Cristo ).42E o levou a Jesus. Jesus olhou para ele e disse: “Você é Simão, filho de João. Será chamado Cefas” (que significa Pedro).

Jesus começa a formar o grupo de discípulos.
Conforme João, em seu primeiro encontro com Pedro, Jesus o identifica e diz que seria chamado de (κηφας) Cefas, que quer dizer “rocha”. Porém, aquele que está familiarizado com a história de Pedro, sabe que o homem à frente de Jesus não era de uma personalidade muito estável para ser chamado de “rocha”. É bom lembrar que Pedro foi avisado por Jesus que O negaria, mas não ficou atento a isso (Lucas 22:31). Foi Pedro que protagonizou um momento de falta de fé quando afundou no mar (Mateus 14:30). Pedro frequentemente demonstrou uma autoconfiança excessiva (Lucas 22:33). Pedro não valorizava a oração (Lucas 22:39). Pedro, impulsivamente, corta a orelha de um soldado (Lucas 22:47). No momento da prisão de Jesus, Pedro se distancia (Lucas 22:54) e nega conhecer o Cristo (Lucas 22:57).

Levando-se em conta seu conhecimento sobrenatural a respeito das pessoas, confirmado em seu encontro com Natanael (João 1:48), pode-se pensar que Jesus convocou a Pedro não pelo Pedro que era, mas pelo Pedro que viria a ser. Sem dúvida um grande líder da Igreja Cristã que se iniciaria dali a algum tempo. Mas, por outro lado, pode-se pensar que se Jesus sabia que Pedro seria uma Rocha, também sabia de suas fragilidades e mesmo assim se dispôs a andar com ele.

Está claro que Jesus não escolheu os prontos, ou os corretos.

Desde o início de Seu ministério o que vemos é o Cristo, tendo como maiores indicativos seus discípulos e se confirmando em sua relação com os desvalidos na sociedade da época, se dispondo a andar com os imperfeitos. Jesus sabe que todos são pecadores, mas mesmo assim, convida-nos a andar ao Seu lado e dividir Sua vida.

É esse um aspecto explícito do amor do Cristo.

Ele, perfeito, caminha com os imperfeitos para assim aperfeiçoá-los.