João 1:29-31 (NVI)
29No dia seguinte João viu Jesus aproximando-se e disse: “Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!30Este é aquele a quem eu me referi, quando disse: Vem depois de mim um homem que é superior a mim, porque já existia antes de mim.31Eu mesmo não o conhecia, mas por isso é que vim batizando com água: para que ele viesse a ser revelado a Israel”.
João diz que Jesus é o “cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.
A nós, a citação de João pode ser distante.
Ocidentais, urbanos, pós-modernos, que somos, não entendemos muito a respeito de cordeiros, a não ser quando estamos em uma churrascaria e saboreamos um cordeiro com geleia de menta. Mas João era judeu e nazireu. Sabia muito bem o que estava dizendo. João estava afirmando que Jesus, que estava agora em sua frente, era a solução definitiva para o maior problema humano. O pecado.
Para um cristão, é importante pensar a respeito disto: Como resolver o problema do pecado?
Levando-se em conta que pecado é, em alguma instância, um erro; e que a única maneira de se resolver um erro é através do pagamento do prejuízo causado por tal erro ou através do perdão mesmo, chegasse a conclusão que o assunto é importante.
No passado de Israel, Deus determina que seu povo, escolhido e formado por sua vontade, trate desta essencial situação através do sacrifício de animais. O perdão viria quando o sacerdote colocasse a mão sobre a cabeça do animal, transferindo o pecado do ofertante para a vítima, e depois o sacrificasse (Levítico 4). Assim, o preço do erro era pago pela morte do animal e não do homem.
Muitos animais poderiam ser usados, mas a figura emblemática do cordeiro se destaca no plantel da fauna oferecida como sacrifício. O carneiro, cordeiro ou ovelha é um animal diferente. É dócil, inocente, dependente do pastor que o cria e está presente no texto bíblico representando muitas coisas, pessoas e situações. Temos a ovelha perdida, o bom pastor que dá a vida pela ovelha, o cordeiro do holocausto de Abraão e Isaque, o cordeiro pascal e muitos outros.
Mas o alvo da afirmação de João é o cordeiro sacrificado pelo perdão de pecados. João está dizendo que a sua frente estava aquele que seria sacrificado, como um cordeiro, pelo pecado de todos.
O entendimento de João é diferenciado aos demais judeus e com certeza tal analogia se distanciava de seus pares. Não lhes cabia tal compreensão. Mas João sabia, ali estava aquele que cumpriria a profecia de Isaías 53:7 (NVI) “Ele foi oprimido e afligido, contudo não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado para o matadouro, e como uma ovelha que diante de seus tosquiadores fica calada, ele não abriu a sua boca.”
Assim, aquele que “prepara o caminho do Senhor” (Lucas 3:04), enxerga e identifica Jesus como o sacrifício definitivo de Deus pelo homem.
A partir Dele, não seria mais necessário que os cordeiros, ovelhas, carneiros ou outros animais fossem entregues. Ele se entregou.
Entender o evangelho, é entender tal ação divina. Deus se fez homem e se sacrificou por mim, assim, não preciso mais praticar nenhum sacrifício para que o perdão de divino me alcance.
Pode ser que soe estranho a ouvidos contemporâneos, pois a palavra sacrifício está em voga dentro dos templos e igrejas, mas essa é a verdade. Assim, como corretamente dizem: evangelho não tem nada a ver com o que faço, mas tudo a ver com o que Deus fez. E o que Deus fez foi sacrificar-se por mim. Persistir em sacrifícios é o caminho da religião, evangelho é graça plena e pura.
A partir dessa compreensão é que nos relacionamos com Deus.
Sabendo de sua entrega, me entrego a seguir seu caminho.
Percebendo seu sacrifício, me sacrifico, mas jamais para obter amor, pois Ele já me amou. Se me entrego o faço por resposta aquilo que Ele já fez.
O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo já fez o que deveria ser feito. Agora, abraçamos a graça e respondemos em vida a tal amor.
2 Responses
Jesus Cristo seja Louvado!
Deus te Abençoe com Justiça, Paz e Alegria no Espírito Santo!
Grande Abraço.
Obrigado pelo carinho!