Atos dos Apóstolos 2:37 (NVT)

As palavras partiram o coração dos que ouviam, e eles perguntaram a Pedro e aos outros apóstolos: “Irmãos, o que devemos fazer?”. –

Diante das palavras de Pedro, a respeito da ressurreição do Cristo, o coração de muitos foi partido e perguntaram o que deveriam fazer.

Corações partidos não são frequentes em nossos dias, principalmente quando o agente dessa ação é o evangelho. Cada vez mais embrutecidos e isolados, não permitimos que suas verdades absolutas rasguem nossos corações, preferindo os relativos que enganam e aprisionam. Só o evangelho tem tal poder para que diante da verdade divina do Cristo ressuscitado aconteça a pergunta feita por tais homens: “Irmãos, o que devemos fazer?”

Assim age a palavra de Deus em corações rasgados. Ela impulsiona a percepção do vazio, questiona realizações, gera caos existencial, reordena prioridades, revela frustrações e vazios escondidos em cada um. E assim, o desastre se instala naquele coração rasgado pela palavra de Deus.

Mas a pergunta não fica sem resposta. Agora, diz Pedro: (…) “Vocês devem se arrepender, para o perdão de seus pecados, e cada um deve ser batizado em nome de Jesus Cristo. Então receberão a dádiva do Espírito Santo. Atos dos Apóstolos 2:38 (NVT).

Portanto, as palavras do evangelho não só desmontam, mas remontam o ser humano. Não só apresentam as fragilidades, mas apresentam sim a força que há em se reconhecer vazio.

O evangelho não só desestabiliza, mas apresenta a resposta divina trazendo a solução definitiva à existência humana.

Muitos, mergulhados na religião institucionalizada, não se deixam rasgar pela realidade do sacrifício, morte e ressureição de Jesus. Não querem se perceber como realmente são. Não querem encarar sua pífia existência sem sentido. Carregam brados de poder e realização, dizendo que sabem o que fazer. E assim, se distanciam da resposta que sempre vem aos corações desnudados pelo evangelho.

Não se deve ter medo. Depois de se perceber incapaz, somos dirigidos a uma nova vida.

A vida do Cristo ressurreto, a vida da nova criatura, a vida do Reino de Deus.

Bom mesmo é que diante da palavra de Deus sempre perguntemos: “Irmãos, o que devemos fazer?”