Números 11:6 -NVI
6Mas agora perdemos o apetite; nunca vemos nada, a não ser este maná! “
O povo de Israel havia saído do Egito e iniciava sua caminhada em direção a tão sonhada Terra Prometida. Deus os havia livrado de maneira sobrenatural e garantiu que os acompanharia durante todo o trajeto, cuidando de cada detalhe, mas havia um problema sério:
Se Israel saiu do Egito, o Egito não saiu de Israel
Mesmo diante do suprimento diário de maná, enviado milagrosamente junto com o orvalho da noite, eles desejavam as comidas do Egito. O desejo de comer os peixes, pepinos, melancias, alhos, e cebolas era tão grande que a dor da escravidão não era lembrada.
O apetite superou o sofrimento e apesar de se tratar de uma história que nos causa indignação, são somos diferentes.
Nosso apetite também supera o sofrimento que em grande parte, se deve as más escolhas que fazemos. Impulsionados que somos por um apetite egocêntrico, tomamos as decisões de nossa vida tentando sempre nos satisfazer e assim, escolhemos caminhos que nos levam a escravidão, sofrimento e dor.
Ainda bem que as misericórdias do Senhor duram para sempre (Salmo 106:01) e se renovam a cada manhã (Lamentações 3:23) e assim, diante de nosso choro, desespero e arrependimento, como Israel foi livre do Egito, o Senhor nos dá sua porção de misericórdia.
Esse é nosso ciclo, desobediência, castigo, arrependimento e livramento.
É óbvio, que a escalada de tal ciclo e as consequências de nossos erros, diferem para cada um, mas essa é nossa história e nesse aspecto, somos bem parecidos com o povo no deserto e apesar dos avisos, (Hebreus 3:7-8 – NVI (…) “Hoje, se vocês ouvirem a sua voz,8não endureçam o coração, como na rebelião, durante o tempo de provação no deserto), nos comportamos da mesma maneira.
Não é difícil encontrar quem saiu do Egito, mas o Egito não saiu de dentro de si.
Continuam com o desejo e saudade dos alhos e cebolas do tempo da escravidão e assim, quando menos se espera, o ciclo se inicia novamente. Mais choro, mais dor, mais arrependimento, mais, mais e mais.
Minha oração é para que o apetite não supere o sofrimento e eu sempre aprenda com a dor pela qual já passei, assim, a terra prometida da relação com o Eterno fica mais perto a cada dia.
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