NATAL 2016

Photo Taken In Chiang Mai, Thailand

A grandiosidade dos movimentos em torno da figura de Jesus é inquestionável. Estou falando D´aquele que dividiu a história em dois momentos, antes D´ele e depois D´ele. Estou me referindo ao homem com a biografia mais conhecida de todas, aquele que proferiu as palavras mais profundamente analisadas as quais há milhares de anos são interpretadas e questionadas. Em redor de sua história e mensagem se reúnem milhões de pessoas, estruturas gigantescas foram e são construídas, guerras aconteceram e acontecem, muitos são abençoados e outros muitos são explorados e, definitivamente, a história da humanidade não pode desprezar sua existência. Tudo ao redor de Jesus nos remete ao grande, ao imenso, a multidões, enfim, ao coletivo.

Mas talvez seja importante perceber que sua verdadeira ação, acontece na esfera individual de pessoas como eu e você.

Sim, o coletivo só ocorre porque um encontro individual aconteceu.

Jesus não nasceu para as multidões, apesar de tê-las ao seu redor constantemente. Se assim fosse, a Trindade poderia ter encaminhado seu nascimento para um berço mais influente. Pense em Jesus nascendo dentro do Império Romano, ou em uma linhagem sacerdotal bem influente da época. Assim, através do poder humano, religioso ou político, poderia ter influenciado a muitos e de uma forma mais rápida. Sim são somente especulações, mas penso que o menino nasceu em um lugar simples, cercado de gente simples e logo em seu nascimento os que estavam ao seu redor foram tocados e alcançados por Ele. Ou seja, tudo aconteceu e acontece quando pessoas, individualmente, encontram Jesus.

Maria, uma jovem escolhida para recebe-lo divinamente, individualmente, aceitou ser o instrumento que foi dizendo: (…)

“Sou serva do Senhor. Que aconteça comigo tudo que foi dito a meu respeito”. (…) (Lucas 1:38 – NVT)

José, avisado em sonho sobre o que estava acontecendo, vencendo seu orgulho de noivo possivelmente traído, individualmente, se coloca à disposição do plano divino de trazer o “Escolhido das Nações” à humanidade.

Podemos ainda pensar na história e no encontro que cada discípulo viveu com Jesus. Imagine Pedro, Mateus, Lucas e os outros, reconhecendo a figura messiânica de Jesus logo ali em sua frente. Cada um viveu sua experiência individual e profunda com o Cristo.

Há ainda os que foram curados e tiveram suas vidas transformadas, não somente pela cura, o que já é incrível, mas principalmente pela relação individual que viveram com o Mestre.

Sim, podemos pensar no mistério do Corpo de Cristo, mas lembre-se que o próprio apóstolo nos diz que: Da mesma forma que nosso corpo tem vários membros e cada membro, uma função específica, (Romanos 12:04 – NVT). Assim temos a clara ideia de que não podemos perder de vista a individualidade de nosso encontro com Jesus.

Creio ser importante enfatizar tal situação, pois na era pós-moderna, somos atingidos por muitas vozes, cada uma nos dirigindo a um deus, um líder, uma solução para vida e penso que muitos ouvem a voz de um cristianismo televisivo e seguem uma multidão dirigida por lobos em pele de cordeiro, que, sem nenhum escrúpulo, os exploram em nome de Jesus. Assim vejo muitos que andam no meio da multidão, sem saber o que estão fazendo, sem conhecerem o evangelho de Jesus Cristo.

Me parece um cenário de Walking Dead, mortos vivos, sem destino e sem terem um encontro com o Senhor da Vida.

Há ainda os que seguem a moda do “gospel”. Acham que também conhecem a Cristo e mesmo que talvez figurem no rol dos “evangélicos não praticantes” se sentem confortáveis em frequentarem uma igreja local aos domingos, sabendo alguns versículos e cantando algumas músicas “gospel” tocadas nas rádios “gospel” de nossas cidades. Pensam que por estarem juntos com tantos que fazem o mesmo, conhecem Jesus.

Ou mesmo os que andam diante de uma tradição. A família se declara cristã evangélica e assim se sentem parte do grupo. Respeitam as tradições da família em ter uma bíblia ao lado da cama, conhecer alguns hinos tradicionais e até fazerem parte da diretoria de sua comunidade. Conhecem os caminhos políticos e o poder da instituição que participam. Pensam na igreja local mais como um clube de privilegiados do que em um lugar onde se reúnem aqueles que, alcançados pela graça, querem andar juntos servindo a Jesus. Acham que o conhecem Jesus, #SQN.

Por isso, no Natal, temos a oportunidade de reavaliar nossa relação com o menino Jesus.

Quem Ele é para mim? Eu o conheço de verdade? Sou seu discípulo, seu seguidor, seu servo? Ou sou mais um dos que acham que o seguem, sem na verdade o estar seguindo. Daqueles que usam seu nome sem sequer conhece-lo. Daqueles que professam uma fé que não tem, pois nunca o encontraram pessoalmente, porque estão no meio da multidão e isso basta.

Celebrar o Natal é encontrar o Deus que se fez menino, não só porque assim dizem as pessoas, mas porque eu mesmo o conheço e seu Espirito habita em mim.

Feliz Natal

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Latest Comments

  1. Obrigado por essa reflexão só me faz estar mais disposta a obedecer e amar o Senhor Jesus.

  2. Oi Amiga Damaris. O privilégio sempre é meu. Obrigado por sua doação e entrega àqueles que precisam falar e agora…